O Novo Acordo Ortográfico nem é tão novo assim - foi estabelecido em 2010 - mas ainda confunde muita gente! Vamos desvendá-lo, a seguir.

 

Principais mudanças do Novo Acordo Ortográfico

 

1. Acento agudo: ele deixa de existir em ditongos abertos "ei" e "oi", das palavras paroxítonas (das oxítonas ele continua, hein?). Na prática: heróico -> heroico; assembléia -> assembleia.

Atenção: anéis, chapéu e herói continuam com acento, pois são oxítonas!

Ainda no acento agudo, temos mais uma mudança: ele desaparece nas paroxítonas com "i" e "u" que formam hiato. Na prática: feiúra -> feiura.

 

2. Trema: essa é a regra mais fácil do Acordo - o trema simplesmente deixa de existir. Na prática: freqüente -> frequente; lingüiça -> linguiça.

 

3. Acento circunflexo: desaparece em palavras terminadas em oo e ee. Na prática: enjôo -> enjoo; lêem -> leem.

Atenção: o plural do verbo tem (ter) e do verbo vem (vir) continua com acento: eles têm; eles vêm.

 

4. Acento diferencial: Este é o acento usado para diferenciar palavras iguais, mas que têm sentidos diferentes. Em diversos casos, ele desapareceu. Na prática: pára (verbo parar) -> para; Pêlo (substantivo) -> pelo.

Esse acento só continua para diferenciar duas palavras: verbo pôr e verbo pôde (passado de poder)

 

5. Hífen: Talvez essa seja a mudança mais complicada, mas que torna-se fácil com o uso do dia a dia. Vamos lá:

  • Ele deixa de ser empregado quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com as consoantes "s" ou "r". A consoante, então, passa a ser duplicada. Na prática: anti-religioso -> antirreligioso
  • Desaparece nos casos em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com outra vogal. Na prática: auto-estrada -> autoestrada.

Atenção: o prefixo super merece cuidado especial, pois se a palavra que vier seguida dele começar com r, usa-se hífen: super-resistente. O mesmo ocorre com o perfixo "hiper" -> hiper-resistente

 

Sabia?

O Acordo estava sendo discutido desde 1990 e serviu para unificar as regras ortográficas de locais que falam português, como Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique, entre outros.

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